A evolução da organização social, desde o Renascimento até a Era Tecnológica, deve-se em muito ao desenvolvimento das técnicas de leitura e escrita. A partir do domínio da escrita, por partes mais significativas da sociedade, abriu-se caminho para a produção de novas formas de expor conhecimentos e informações.
Na medida em que as técnicas de leitura e escrita passaram a ter espaço de maior privilégio, as produções tornaram-se mais específicas e organizadas. Assim, os tipos textuais – descrição, narração, dissertação, injunção e exposição – são transpostos, paulatinamente, da oralidade para escrita.
Os discursos que se entrecruzam na oralidade assumem formas específicas quando aparecem transcritos, essas formas são denominadas gêneros. Estes se delineiam em estruturas minimamente fixadas, apesar de não serem estáveis do ponto de vista histórico. Desta forma, podemos nos deparar com um gênero escrito no século XVI apresentando uma formatação diferente da forma como se apresenta no século XXI. Podemos citar como exemplo as receitas, os contos, a poesia, o texto jornalístico, o artigo jornalístico que é diferente do artigo científico, entre tantas outras possibilidades.
Como tudo é discurso, há sempre a junção de tipos diversos em um mesmo gênero e, outras vezes, traços de vários gêneros em um mesmo texto, assim, não raro acontece a interação de gêneros e tipos, o que Marcuschi chama de intergenericidade.
2 comentários:
tamar ,tudo bem?
estou precisando de uma declaração que estou matriculada no curso. vc providencia p mim? faltei pq fiz uma cirurgia , mas estarei ai na proxima aula. bj
Como tudo evolui não é minha amiga? E muitas coisas evoluem numa velocidade luz...
A língua então...nem se "fala".
O gostoso da história é perceber que a cisão entre oralidade e escrita tende a converter-se sempre em um grande encontro. E nesse encontro altamente produtivo percebe-se que as especificidades de cada uma dessas modalidades da língua potencializam a comunicação, promovem interação e fazem bom uso dos gêneros textuais. Quanta riqueza!
Luzia
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